Regime militar pós 1964


Nesse período foram tomadas diversas medidas alterando a legislação eleitoral: mudança na duração de mandatos, cassação dos direitos políticos e eleições indiretas. Vigorava o sistema bipartidário com ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e as eleições eram realizadas através do voto indireto, ou seja, através do Congresso Nacional ou Assembléias. A primeira eleição de um presidente civil foi feita indiretamente pelo colégio eleitoral, onde Tancredo Neves foi eleito.
Os militares no poder deveriam armar uma estratégia de guerra contra o inimigo (no contexto de Guerra Fria, este era caracterizado pelas pessoas que propagavam idéias socialistas) e a "defesa" do país incluiria a criação de uma rede de informações. Todas as maneiras de contestar o regime deveriam ser eliminadas e, dentre as práticas repressivas, a censura era uma arma importante.
A censura teve respaldo não só dos militares, mas também da elite nacional. A censura e também a propaganda, analisadas enquanto reguladores dos "canais de educação" ajudariam na manutenção da hegemonia desses grupos não só na esfera política e econômica, mas também moral e ideológica. Elas foram necessárias para a construção de uma "visão ideal da realidade do país", daí sua função de controle da sociedade a partir da produção de uma imagem social que "seduziria" as massas.
Os censores proibiam tudo o que pudesse causar uma imagem negativa do país. A censura, no pós-64, sempre teve o caráter de ocultar, ou melhor, coibir qualquer tipo de manifestação contrária ao regime.